terça-feira, 16 de setembro de 2008

Segunda-feira - 22 de Setembro

20ª Edição do Enquanto Isso

Segunda-feira - 22 de Setembro
21h
Esquina da MPB - Bar Brahma
Ipiranga com São João
R$ 10,00
Projeto Enquanto Isso
O projeto Enquanto Isso nasceu da constatação de que existe uma vasta produção de música de boa qualidade que não consegue chegar ao público, ao mesmo tempo em que existe um público carente de boa música sem acesso à produção contemporânea. O objetivo do projeto é juntar as duas partes, criador e apreciador.
Alguns desses artistas têm larga experiência, atuando em circuitos alternativos; têm discos gravados, respeito explícito do meio musical, influência sobre outros que atuam na mesma cena. Há também os novos – jovens de formação musical sólida, poética articulada, trabalho sofisticado como sempre foi o da canção popular brasileira.
São compositores, cantores, poetas, instrumentistas trabalhando com linguagens diversas – há os experimentalistas, os que retrabalham a tradição, os que sambam, os cururueiros e os pós-modernos, os que valsam e os que apostam numa estética mais alinhada aos moldes do som que se houve no resto do mundo. Não há padrão: há qualidade.
Havia, nos meios de tele e radiodifusão, até os anos 1970, uma certa democracia – uma política de inclusão, que contemplava tanto a bossa nova de Tom Jobim quanto o desvario passional de Waldick Soriano. Na década seguinte, a indústria cultural adotou um modelo diverso, modelo de exclusão: passou-se a divulgar apenas o que, pretensamente, representava o gosto “médio” de um ouvinte/expectador “médio”, de perfil incerto, indefinido. Como é impossível definir o indefinível, o tal gosto “médio” passou a ditar uma estética “mediana” – simplificadora, sem ousadia formal, sem qualquer áspero que pudesse ferir a percepção do tal ouvinte sem perfil.
Nos anos 1990, com o barateamento do CD e grande facilidade de se produzir discos, começaram a atuar de forma incisiva as gravadoras independentes – ou seja, não alinhadas às multinacionais que ditam o que toca e não toca no rádio e na tv. A produção de boa qualidade, excluída dos meios de comunicação, migrou para o trabalho independente, que concentra, hoje, a quase totalidade da boa canção brasileira.
O grande problema do trabalho independente é a divulgação. Como chegar ao público, se as portas dos meios de comunicação estão fechadas? É uma questão premente, já antiga e ainda sem resposta.
Algumas iniciativas, no entanto, vêm sendo tomadas. O movimento cultural nos bares da Lapa, no Rio de Janeiro, conseguiu trazer o samba à dignidade que lhe havia sido roubada pelo pagode. A cena nordestina impôs nomes como os de Chico César e Lenine. O Rio Grande do Sul ofereceu ao mundo o gênio de Yamandu Costa. O canto paulista revelou-se nas vozes de Mônica Salmaso ou Renato Brás. São nomes de primeira linha – e são nomes independentes.
Mesmo que tenham conseguido chegar a um público maior, são independentes, sentido lato, porque só fazem o que querem, não aceitam imposições estéticas, não permitem que alguém mexa na obra em nome do gosto do público “médio”.
Como eles, há muitos outros que, por motivos diversos, ainda não são conhecidos. E há movimentos que tentam trazê-los para o conhecimento. É onde entra o projeto Enquanto Isso.
Criado no início de 2008 pelo produtor Henrique Barros e pelo jornalista Mauro Dias, o Enquanto Isso é um ponto de encontro de criadores – mas, também, um ponto de formação de público. “A música brasileira está muito ruim” – dizem os que se informam apenas pelo rádio e pela televisão. Mas a música brasileira está muito boa – apenas não consegue chegar ao público. O papel do Enquanto Isso é fazer a junção, abrir a porta, escancarar as janelas: a canção não existe sem seu ouvinte e o criador não tem razão de ser se cria apenas para si.
Ao promover os encontros de músicos e público, o Enquanto Isso trabalha a cultura e a cidadania. É pela canção que o povo brasileiro, historicamente, melhor expressa sua intimidade profunda, sua alma, seus quereres, felicidades e mágoas. A distância que existe hoje entre criador e ouvinte precisa ser anulada para que o fluxo não se interrompa, a tradução seja mais clara e mais incisiva, as questões de corpo e espírito sejam explicitadas – para que as grandes interrogações da cultura venham a furo, em busca de respostas. E a boa canção brasileira volte a ocupar o espaço nobre que sempre lhe coube.

Participante do projeto até setembro de 2008:
Abimael Pessoa - Adolar Marin - Alê Freitas - Ângelo Ursini - Artur Doca
Bruna Caram - Bruno De La Rosa - Carlos Henry - Carlos Silva - Cahê Rolfsen
Celso Viáfora - Chico Saraiva - Cris Pinni - Danilo Moraes - Dani Black - Daniel Altman
Darwinson - Diego Casas - Diogo Carvalho - Dimi Zumquê - Doda Macedo
Domenico Imperato - Dona Inah - Duo Urbano - Edu Franco - Elio Camalle
Emerson Boy - Fernando Cavalieri - Fred Martins - Gian Corrêa
Guilherme Rondon - Haroldo Oliveira - Igor Pimenta - Ilana Volkov
Ione Papas - Isla Jai - Ito Moreno - Jairo Cechin - Jean Garfunkel - Joca Freire
Juliana Amaral - Juliana Lima - Karallargá - Kléber Albuquerque
Kana - Lia Cordóni - Leandro Medina - Luian Borges - Luiz Carlos Bahia
Mahalab - Marco Bailão - Mateus Bellini - Max Gonzaga - Miriam Mirah
Natália Matos - Ozzi Stafuzza - Paula Mirhan - Paulo Ribeiro - Pedro Alterio
Pedro Viáfora - Rafa Barreto - Rafael Alterio - Reinaldo Bessa - Ricardo Teté
Rita Maria - Ritinha Carvalho - Rique Saulo - Roberto Riberti - Rubens Kurin
Samantha Esaú - Shalana Rodrigues - Silvia Handroo - Tata Alves
Tito Pinheiro - Txai Brasil - Vicente Barreto - Wanderlei Monteiro

domingo, 17 de agosto de 2008

15ª Edição do Enquanto Isso

Doda Macedo - Ione Papas
Isla Jai - Natalia Rodrigues
Paula Mirhan - Rita Maria
Ritinha Carvalho - Tatiana Parra

Elas!
As Compositoras!
As Intérpretes!


uma noite imperdível!

18 de Agosto
Segunda-feira - 21h
Bar Brahma - Esquina da MPB
São João com a Ipiranga

domingo, 27 de julho de 2008

12ª Edição - Você tem o Direito de Escolher o que Ouve!

Enquanto Isso – 12ª Edição
28 de Julho - segunda-feira – 21h
R$ 10,00

Bar Brahma - Esquina da MPB
Ipiranga com São João, Centro, São Paulo
Telefone: 3333-3030

Adolar Marin Doda Macedo
Elio Camalle
Haroldo Oliveira
Isla Jai Kleber Albuquerque
Rita Maria Rubens Kurin

Vá conferir, convide os amigos, ajude a divulgar. A luta para romper a barreira cruel do mercado é luta pela cidadania, tão importante quanto a luta ambientalista ou pelos direitos civis. Pois você tem o direito de escolher o que ouve. Ouça aqui.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Raio-X da 10ª Edição do Enquanto Isso


Primeiro Acorde: 21h45
Último Acorde: 23h55

Txai Brasil
Danilo Moraes e Ricardo Teté
Cahê Rolfsen
Pedro Altério e Dani Black
Edu Franco e Jean Garfunkel
Wanderley Monteiro

30 Composições

(veja as fotos ao lado)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

terça-feira, 8 de julho de 2008

Segunda é Dia!

Amigos da Música,

Enquanto Isso

Agora é Semanal!

Segundas-feiras, no nobre endereço da Esquina da MPB (esquina das avenidas Ipiranga e São João). As apresentações começam às 21h30.O ingresso custa R$ 10.

O projeto abre o palco para as novas gerações de compositores, instrumentistas e intérpretes, e pretende ajudar na divulgação da obra de músicos independentes.

Compareça e divulgue. Daqui vai surgir a música que ouviremos nas próximas décadas. É o início do que pretendemos que seja a retomada da canção brasileira.

Cada atração apresenta três números, eventualmente inéditos. Os estilos são diversos. Em comum, a qualidade excepcional dos trabalhos.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

7ª Edição - Próxima Segunda no Bar Brahma

A percepção de que nosso movimento está crescendo e ganhando importância nacional é cada vez mais clara. Notícias de todo o Brasil dão conta de que intérpretes e autores de outros cantos estão interessados em cantar no palco do Brahminha, mostrar músicas novas, conhecer outros pares, trocar idéias e estabelecer vínculos pessoais e artísticos. Então, para quem não lembra: o projeto Enquanto Isso tem como propósito divulgar novos compositores (ou não tão novos assim, mas menos conhecidos do que mereceriam) e suas novíssimas criações. O formato é intimista – o palco, na verdade, é um espaço virtual, em torno do qual são dispostas as mesas. Os autores e cantores mostram três músicas, cada um, e cedem luzes e microfones ao seguinte. O público, que se amplia a cada edição, acolhe com respeito e interesse as peças novas que vão sendo mostradas. O serviço de bar e restaurante vai até as duas horas da manhã. Na edição da próxima segunda-feira, dia 9, teremos em cena dois ganhadores do Prêmio Visa (Chico Saraiva e Fred Martins), dois autores da novíssima geração (Pedro Alterio e Dani Black), ouviremos músicas de um disco que está sendo lançado (o CD TR3S de Guilherme Rondon) e trabalhos novos, sobre a obra de Guimarães Rosa (por Jean Garfunkel). Completando a cena, o contralto aveludado de Edu Franco, o perfeccionismo de Rita Maria, a cena mágica de Elio Camalle, as recriações geniais de Juliana Amaral e a doce abordagem que Ritinha Carvalho empresta ao que canta.

Vai ser lindo, é.

Chame os amigos e vá.

Segunda (dia 09 de junho) 21h

domingo, 1 de junho de 2008

6ª Edição

O projeto Enquanto Isso chega na próxima segunda-feira, dia 9 de junho, à sexta edição e se consolida como o melhor palco para a canção brasileira mais articulada – nem por isso menos popular, agradável, embaladora, apaixonada. Nossa turma – músicos e apreciadores de música, o grupo do Enquanto Isso – representa a nata dos compositores e admiradores dessa que é a melhor canção popular do mundo: a nossa, de nossa terra, de nossa diversidade. Os músicos, de diferentes formações e latitudes, trazem ao palco do mezanino do Bar Brahma suas composições mais recentes, certos de que os apreciadores estão lá para ouvir novidades, aprender, apreender, degustar, deleitar-se. Em cinco edições, já colecionamos cerca de 150 canções novas ou pouco conhecidas, todas registradas ao vivo, em som e imagem, que posteriormente serão postadas no site enquantoisso.com.br à disposição de quem não esteve lá. Queremos que seja essa a semente de um movimento nacional de concentração e difusão da boa música, um palco de referência a unir os cantos do País num canto só, único e múltiplo, concentrador e refletor do conjunto de nossos sotaques. Vejam que por toda parte surgem movimentos semelhantes, com objetivos próximos ao nosso. E isso é bom. Porque enquanto a música feita para consumo rápido e descartável perde espaço, a boa música vai ganhando espaços e atenções. Todos juntos, somos o sinal da retomada da canção brasileira. Já foi assim no cinema, no teatro. É a vez da música.

Adolar Marin, Bruna Caram, Bruno De La Rosa, Cahê Rolfsen, Celso Viáfora, Chico Saraiva, Dani Black, Daniel Altman, Dimi Zumquê, Edu Franco, Elio Camalle, Gabriel Sater, Guilherme Rondon, Ilana Volcov, Isla Jay, Ito Moreno, Jairo Cechin, Jean Garfunkel, Juliana Amaral, Kana, Leandro Medina, Léo Nogueira, Lia Cordoni, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Rafa Barreto, Ritinha Carvalho, Samantha Esaú, Tito Pinheiro, Txai Brasil, Vicente Barreto, Wanderley Monteiro.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O Projeto Enquanto Isso

O projeto Enquanto Isso reúne músicos e amantes da música nas melhores noites musicais de São Paulo.

O palco fixo do projeto é o segundo andar do Bar Brahma, na mítica esquina de Ipiranga com Avenida São João. A primeira edição se deu no dia 17 de março.

A cada edição – sempre na primeira e segunda segundas-feiras de cada mês –, o projeto Enquanto Isso seleciona dez atrações, responsáveis pela parte musical da noite. Cada atração apresenta três números.

O show começa às 21 horas e termina às 23h30. (A casa fica aberta até as duas da manhã, com serviço de bar e restaurante).

O Brahminha abriga até 150 pessoas, em dois ambientes. Além da infra-estrutura de bar, o projeto oferece estrutura de som, que conta inclusive com um bom e afinado piano – de verdade.

Cria-se aqui um núcleo de exposição de obras, afirmação de talentos, troca de idéias, convivência criativa, sem restrições estilísticas ou predeterminações estéticas, pautado apenas pela excelência criativa.

Venha assistir e ajude a divulgar para quem, como você, sabe que a canção brasileira vai bem, muito bem, obrigado. Precisava de um palco à altura. Agora tem.

1ª Edição - 17 de Março

O projeto Enquanto Isso pretende e tem conseguido reunir em palco os melhores representantes das novíssimas e das já consagradas gerações de compositores, instrumentistas e poetas da cena independente de São Paulo. Mas o que é mesmo independente? É a música, ou o teatro, o cinema, a dança, feita de acordo única e simplesmente com as convicções estéticas do autor, sem modismos ou outros ditamos em vigência. O que não quer dizer que tal criação não seja popular. Muito pelo contrário. Vamos lembrar que Tom Jobim, Chico Buarque, João Gilberto e João Donato, Caetano & Gil & Mutantes & Novos Baianos e tantos outros que são hoje nossos clássicos tornaram-se clássicos – e populares – exatamente por fazer o que lhes ditava a convicção estética. Eram independentes, num tempo em que a ousadia criativa tinha voz Divulgada. Esse quadro mudou e os independentes, hoje, têm dificuldade de mostrar o trabalho e receber a merecida atenção. O projeto Enquanto Isso pretende ser uma pedrinha na pavimentação dessa estrada. Nas edições do dia 5 e 12 de maio ainda ocupará o palco do Brahminha, o piano-bar da esquina de Ipiranga com São João. As edições seguintes já ocuparão palco novo, na mesma casa, que está em fase de acabamento. Ganhará mais espaço e visibilidade, o que é bom para quem gosta de música, para quem faz, e para a sociedade, como um todo, que tem na canção uma forma concreta de expressão de cidadania.

2ª Edição - 7 de Abril

No disco Muito, de 1978, Caetano Veloso resolveu prestar homenagem dupla a São Paulo e a um de seus mais emblemáticos cantores, Paulo Vanzolini. Assim, compôs e gravou Sampa, que se apropria, em caráter de homenagem, da frase final da melodia de Ronda, de Vanzolini, choro lançado por Inezita Barroso em 1953, clássico desde então. Vanzolini, que não gostava – por motivos dele – do grupo baiano, detestou a homenagem. Declarou-a plágio e emendou afirmando que o pior registro fonográfico de todos os tempos é o de Maria Bethânia cantando Ronda. Permito-me discordar de Vanzolini nas duas afirmações e gosto de pensar que Caetano Veloso fez da esquina de Ipiranga com São João um símbolo que São Paulo, até então, não possuía. Pois é , nessa esquina, no palco do segundo andar do Bar Brahma, que está sediado o projeto Enquanto Isso, um espaço que reúne músicos e amigos da música em noites autorais – um espaço de ousadia, troca de idéias, enriquecimento cultural. O Enquanto Isso vai para a terceira edição, embalado pela beleza das duas anteriores, com mais fôlego e expectativa de ampliar sua periodicidade (até agora, os shows se dão na primeira e segunda segundas-feiras de cada mês). Parte dos músicos que mostraram sua obra nesta segunda-feira é da novíssima geração paulistana: são nomes dos quais muito ouviremos falar nos próximos anos. Aposto: são os novos ídolos, com linguagens próprias, inovadoras, reestruturadoras. Venham conferir e, depois, dêem suas impressões.

3ª Edição - 14 de Abril

O projeto Enquanto Isso pretende e tem conseguido reunir em palco os melhores representantes das novíssimas e das já consagradas gerações de compositores, instrumentistas e poetas da cena independente de São Paulo. Mas o que é mesmo independente? É a música, ou o teatro, o cinema, a dança, feita de acordo única e simplesmente com as convicções estéticas do autor, sem modismos ou outros ditamos em vigência. O que não quer dizer que tal criação não seja popular. Muito pelo contrário. Vamos lembrar que Tom Jobim, Chico Buarque, João Gilberto e João Donato, Caetano & Gil & Mutantes & Novos Baianos e tantos outros que são hoje nossos clássicos tornaram-se clássicos – e populares – exatamente por fazer o que lhes ditava a convicção estética. Eram independentes, num tempo em que a ousadia criativa tinha voz Divulgada. Esse quadro mudou e os independentes, hoje, têm dificuldade de mostrar o trabalho e receber a merecida atenção. O projeto Enquanto Isso pretende ser uma pedrinha na pavimentação dessa estrada. Nas edições do dia 5 e 12 de maio ainda ocupará o palco do Brahminha, o piano-bar da esquina de Ipiranga com São João. As edições seguintes já ocuparão palco novo, na mesma casa, que está em fase de acabamento. Ganhará mais espaço e visibilidade, o que é bom para quem gosta de música, para quem faz, e para a sociedade, como um todo, que tem na canção uma forma concreta de expressão de cidadania.

quinta-feira, 8 de maio de 2008